terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Jovem Escritor

Jovem Escritor

Por milhões de vezes fora contada a história.

Era uma vez um garoto.

Ele era só um garoto.

O pirralho acordou em mais uma manhã de domingo.

Muito sangue seria derramado até ele notar.

Sua veias eram comprimidas enquanto se levantava de sua velha cama.

Olhava para a janela a espera de um milagre, enquanto contemplava os pássaros.

Essas pequenas criaturas olhavam para ele em igualdade, mas o desprezavam.

Nada fez o garoto.

O jovem se preparou para levantar.

Noventa mil estalos foram soados quando o fez.

Seus ossos eram frágeis como o vento.

Seus pensamentos eram pífios.

Seus sentimentos eram armas que feriam a si mesmo.

Sentimentos tão fortes que chegavam a mover montanhas.

Que moviam as engrenagens do mundo.

Mas que emitiam grande radioatividade.

Alongou-se como uma serpente e soltou-se como uma formiga.

Arregalou os olhos como uma coruja.

Trocou de roupas vagarosamente.

Escolhera com cuidado suas roupas.

Vestiu o jeans azul e uma camiseta que lhe dava aparência de um mauricinho nerd.

Seu cabelo loiro era um troço.

Foste para o banheiro e enxugou seu rosto com leveza.

Olhou-se no espelho e avistou sua alma.

Estava podre e toda corrompida.

Apenas não conseguia ver seu coração, que se mantinha intacto.

O jovem pensou sobre sua fatídica vida.

Uma vida cheia de mordomias possuía.

Mas que nenhum sentido lhe circundava.

Não valorizava os objetos, mas sim as pessoas.

A matéria é temporária, mas a memória se torna eterna.

Assim então, correu até sua bolsa em busca de seu caderno e uma caneta.

Agarrou-os como se sua vida dependesse deles, e dependia.

Abriu-o em busca de alguma página em branco para escrevê-lo.

Com a caneta vermelha fez seu símbolos no caderno.

Escrituras em uma língua muito usada, mas pouco valorizada.

Estripando em suas frases todas as intolerâncias do mundo.

Tendo a intolerância sobre a intolerância.

Abrindo sua memória e convertendo em histórias gerais.

Espremendo para o papel as grandes idéias.

E mutilando as belas superfícies das folhas de papel em branco e bege.

Lançando a tinta vermelha da caneta como arrancas sangue das veias de alguém.

E era apenas uma vez... Em que o garoto realmente notou que já era hora...

Hora de viver...

Nenhum comentário:

Postar um comentário