Com as pesadas ideias ele deitas no chão de metal.
Com as sutilezas de seu dia, os calos ele leva exibindo pelo quintal.
Mais uma rima, mais uma ideia simples que ele não consegue extrair da cabeça.
Ainda assim, os dias se tornam apenas agonia, enquanto as noites apenas descansos ingratos.
Querias ele ao menos uma vez se acalmar.
Querias ele apagar sem mais se preocupar em levantar pelo resto da eternidade.
Um dia dormir. Não mais acordar. O descanso eterno, uma inexistência aconchegante.
As vozes ainda ecoam por sua cabeça. Os gritos e intrigas ainda o perturbavam.
Por mais teria de passar, mesmo não tendo o que conseguir de lá.
Preferias comer terra ao ter de se submeter a eles, mas não possuía terra alguma.
As sujas roupas eram insuficiente e o frio lhe subia pela espinha.
Pés frios como blocos de gelo prestes a despedaçar.
Tremia o jovem abandonado lá.
Tremia, com ideias na mente e sem esperanças para agarrar.
Dormia agora ele para não mais acordar.
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