domingo, 2 de setembro de 2012

Por tantas vezes...

"Por vezes que vos tenham dito: Não recue!
Mas que diante da negação, estes que o tenham dito tenham se encolhido nas entranhas dos próprios corpos enquanto choves lágrimas de seus tristes olhos. A vergonha nem vos passa pela mente, mas que ao perceberem posteriormente preferem sentir a força das cordas em seus pescoços ou as marcas de facas e balas. Preferem sentir a dor física a acordar e perceber que possuis uma mente deturpada constantemente estraçalhada por aqueles que vos controlam sem sequer notar ou com constante ignorar.
Por vezes me disseram: É apenas um sonho!
Mas que por milhões de vezes eu nunca sequer estive perto de sonhar com tais fatos. Fatos que com um pensar básico poderia se avistar que tudo o que tanto pensei poderias ter sido ou ainda ser possível. Tudo o que dizem apenas por terem dado as costas para os seus sonhos mais queridos e sensatos, destroçados pelas forças da realidade dos ignorantes que espalham sua filosofia estúpida de ignorância, arrependimento e ira.
Por vezes que me humilharam...
Que um dia quem irá realmente rir será este eu. Pois em teus berços a morrer, enquanto os ossos racham-se, a língua seca dentro de sua boca, seus olhos se embaçam e escurecem. A humilhação verdadeira serás estar a se sentir tão frágil no leito de morte, enquanto que teus inimigos riem de você e vêem que o tempo se encarregou de vingar-vos.
E que por bilhões de vezes o mal tenha sido praticado sem consequências. A vingança veio centenas de vezes, mas de formas desprezíveis e igualmente tolas." - Do conto "O Treino das Almas Perdidas", Capítulo 2; prévia.